Acho que uma das maiores lições da vida é aprender a hora de parar.
É da natureza humana ir às últimas conseqüências: beber até cair, jogar até a bancarrota, comer até passar mal, amar o outro até deixar de amar a si mesmo...
Quem já não passou por alguma dessas situações? Fora o jogo – que eu acho muito chato – eu, particularmente, já passei por todas as outras. Digo até que todas dão uma certa ressaca, seja física ou moral. Mas todas dão um prazer tão grande quando vivenciadas (e aqui torno a excluir o jogo) que a gente insiste em repetir tais excessos.
Normalmente me coloco a questão do “será que valeu a pena?”. E, na maioria das vezes, a resposta é sim. Afinal, qual a graça de se manter sempre o juízo?
Pois é, mas de vez em quando a tal ressaca vem nos dizer que o desmedido pode ser perigoso. Um caminho meio complicado, por mais que a impressão do desafio, a sedução, pareça irresistível.
É nessas horas que precisamos saber quando parar. Quando sair de cena. Quando se recolher e se refazer.
Por mais que cada gole dê a impressão de que se está mais leve, que cada garfada aumente a sensação de felicidade, que cada boa carta aumente a adrenalina, e que cada beijo ou lembrança dele te leve ao céu, muitas vezes é melhor pensar no que pode vir depois. E, sem temer o clichê, quanto mais alto, maior o tombo. E, em cena, o desastre é certo.
Sunday, November 05, 2006
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1 comment:
É amiga, lendo esse texto, posso afirmar que me vi em todas essas situações, com todos esses pensamentos, as "ressacas", os tombos das alturas....mas, enfim, voltemos ao título, que é onde eu sempre tento resgatar a minha dose emergencial de lucidez, usando-o praticamente como um mantra para voltar ao eixo novamente.
Te compreendo em cada palavra e tbm na soma de todas elas. Acho que pra alguma coisa isso serve, pois entre amigas, qdo existe compreensão e cumplicidade, ganhamos o conforto, tão necessário qdo precisamos.
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