Thursday, October 26, 2006

cinema em questao

Pequena Miss Sunshine - A arte de lidar com uma família desajustada

Pequena Miss Sunshine faz parte de uma categoria de filmes que chamo de "filminhos", não no mau sentido, muito pelo contrário, no melhor sentido. "Filminhos" são filmes de baixo orçamento, com excelentes atores (muitas vezes desconhecidos do grande público), uma trama simples, que costuma envolver questões do dia-a-dia, relacionamentos, essas coisas - o que importa é a forma como a história é contada, não necessariamente a trama -, que misturam drama e comédia na medida certa... A lista é longa, mas acho que já deu pra entender o que são "filminhos", não?

Bem, Pequena Miss Sunshine é um filminho e tanto. Conta a história de uma família como outra qualquer, nem bons, nem maus, nem pobres, nem ricos, nem bonitos, nem feios, nem chatos, nem legais, nem brilhantes, nem burros, nem felizes, nem desesperadoramente tristes (pelo menos, quase todos), nem completamente loucos e muito menos sãos, enfim, gente quase como a gente.

Aqui, eu ia contar um pouquinho da história, escrever uma mini-sinopse, mas não, acho que não preciso. Posso continuar só explicando o que me tocou no filme sem explicar o filme. Vamos em frente.

Cada personagem tem características bem definidas, defeitos, qualidades. Dá pra se identificar com as idiossincrasias de cada um: o filho adolescente que odeia a família, a menina que sonha ser bela, a mãe que cuida de tudo e todos, o pai que não admite fracassos, o avô que quer aproveitar o resto da vida como se não houvesse amanhã e o tio deprimido. Existe um pouco deles em cada um de nós – socorro, que frase clichê!!!! Mas é verdade, existe um pouco deles em cada um de nós, mesmo quando não temos a coragem de colocar esses sentimentos pra fora.

Acompanhar a saga dessa família por 100 minutos é muito saboroso. O filme mostra que as pequenas coisas da vida, aquelas que a gente não costuma dar importância, são maravilhosas, mostra que a vida é uma merda e mesmo assim vale a pena ser vivida. Não tenta dar lição de moral e não faz com que ninguém goste mais ou menos da própria vida, mas faz com que você deixe os problemas pra depois e fique alguns minutos com a alma mais leve.

*desculpem o texto está piegas até dizer chega, mas não estou conseguindo fazer nada melhor... também não revisei, ou seja, se estiver repetitivo e meio mal escrito, tentem não me crucificar.

2 comments:

Anonymous said...

parece bom

Anonymous said...

Dificil nao crucificar...