quadrilha

Acredito que todo mundo já tenha passado por um momento Quadrilha:

"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
(...)"

Ou seja, aquele momento em que a gente pensa se mais vale investir em quem a gente gosta, ou ficar com quem gosta da gente.

Uma amiga relata que conheceu um cara ótimo. Com muitos dos predicados para fazê-la feliz. E, ainda por cima, totalmente encantado com ela.

Mas, e sempre tem um mas, ela ainda não deixou de gostar daquele que ela ainda acredita que (este sim) tem todas as qualidades que ela procura num homem. Menos a principal, não sabe o que quer com ela e, enquanto não decide, arrumou uma namorada.

A amiga concluiu que no fundo, ele talvez fosse a Lili do poema acima, aquele que não amava ninguém (neste caso, ninguém além dele mesmo). Porque, enquanto decidia, mesmo namorando, tinha por hábito manter a amiga sempre por perto. Muito perto. E ela, como mulher apaixonada, não conseguia evitar.

Só que aí ela conheceu esse outro rapaz e, nos primeiros dias ficou se perguntando se ela estaria se transformando em uma daquelas suas amigas, que acabavam ficando com o primeiro que gostava delas apenas para não ficarem sozinhas, em vez de batalhar para conseguirem ficar com quem elas amavam.

A amiga achava que isso tudo era meio patético e digno de pena. Até que se viu se contentando com os 5min de atenção (normalmente divididos com a namorada) que tinha de seu amor. E veio a questão: "Afinal, quem é patética e digna de pena?".

Ainda não conseguiu chegar numa resposta. Está pensando em, no fundo, não gostar de nenhum dos 2 por enquanto e se concentrar em si mesma. Como se isso fosse uma decisão muito simples de se colocar em prática.