O Maior Amor do Mundo
O novo filme de Cacá Diegues tem vários elementos para ser interessante, mas não é – ainda assim, tenho que admitir, podia ser muito pior do que é. A história gira em torno de Antônio (José Wilker), que, em um curto espaço de tempo, recebe duas notícias bombásticas: vai morrer dentro de poucos dias pois tem um tumor inoperável no cérebro e seu pai adotivo conhece sua mãe biológica.
Antônio sai em busca de seu passado e é aí que a história (teoricamente) engrena. Ele descobre que sua mãe morava em uma favela na periferia carioca e começa a viajar, não só no sentido literal, pela favela. Lá, ele conhece personagens curiosos e, em apenas alguns dias, vive mais intensamente do que nunca.
A crise existencial do personagem até poderia render uma boa história. O problema é que o filme fica no meio do caminho, não explora nem a realidade profundamente, nem entra na mente de Antônio tanto assim. Não é nem realista, nem surreal, nem sonhador. Tem cenas absolutamente dispensáveis. Apresenta personagens que não fazem a menor diferença no desenvolvimento da trama. Os efeitos especiais deixam muito a desejar, inclusive, na minha humilde opinião, estragam uma das cenas mais dramáticas do filme.
A direção de atores de um modo geral também é ruim, com destaque para José Wilker – não há nem uma cena sequer em que a interpretação dele seja menos do que absolutamente podre. Mas o pior é termos que encarar o José Wilker de uma forma que devia ser proibida por atentado ao pudor independente da classificação etária do filme.
Ainda assim, sou a favor da diversidade de opiniões (e do cinema nacional) e acho que todo mundo deve assistir o filme para me contar o que achou.
Wednesday, September 06, 2006
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1 comment:
José Wilker pelado?? to fora! ahah
Eu não sou a favor do cinema nacional, sou a favor do cinema bom - que pode até ser nacional.
boa crítica!
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